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Tchaikovsky terminou a composição de sua sexta e última sinfonia em agosto de 1893 e regeu a estreia no dia 28 de outubro do mesmo ano, em São Petersburgo. Nove dias depois, morria de causas ainda não comprovadas. A história desta obra é cercada de mistérios indecifráveis. A estreia foi um fracasso, aparentemente por se tratar de uma música muito intimista. De acordo com algumas cartas de Tchaikovsky, suas sinfonias eram como “confissões musicais”, capazes de “expressar tudo aquilo para o qual não existem palavras”, principalmente questões como Vida, Morte, Amor e Beleza. O que estaria o compositor, então, tentando nos dizer, nesta sua carta de adeus? Provavelmente, das suas desilusões amorosas e musicais, da sua impotência frente às dificuldades da vida… Possivelmente, da sua angústia com o vazio que se descortinava, um vazio causado pelo fato de que tudo que ele amava e acreditava fosse eterno, estivesse, talvez, se dissolvendo… Após a estreia da Sexta Sinfonia, Tchaikovsky escreveu a seu sobrinho Vladimir Bob Davydov, a quem é dedicada a obra: “considero esta sinfonia a melhor de todas as obras que escrevi. Em todo caso, é a mais sincera. E eu a amo como jamais amei qualquer de minhas partituras”.