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Nascido em Brusque (Santa Catarina) em 1928, Edino Krieger aprendeu o violino com seu pai, o também violinista Aldo Krieger. Permaneceu em sua região natal até os 14 anos, quando ganhou uma bolsa para estudar no Conservatório Brasileiro de Música, no Rio de Janeiro. Paralelamente aos estudos de violino, Krieger iniciou sua trajetória na composição por meio do contato com Hans-Joachim Koellreutter, com quem estudou harmonia, contraponto e fuga na mesma turma de Claudio Santoro e César Guerra-Peixe. Suas primeiras obras são marcadas pela dodecafonia e o serialismo, mas, segundo o compositor, de uma maneira livre. Em 1948, tornou-se aluno de orquestração de Aaron Copland nos Estados Unidos, onde também foi aluno de Darius Milhaud. Esta aproximação com outros pontos de vista, em especial a expressão neoclássica de Aaron Copland, deu o tom a toda a segunda fase de sua criação, entre 1953 e 1965. É desta época a Abertura Brasileira, composta em 1955 em Londres, em homenagem a Luiz Gonzaga. Neste período há constantes referências a elementos de caráter nacionalista, que também podem ser observadas na Brasiliana para viola e cordas, de 1960. A primeira audição da Abertura Brasileira se deu na Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro, em 9 de abril de 1981, com a Orquestra Sinfônica Brasileira sob a regência de Isaac Karabtchevsky.