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Na série das famosas Bachianas Brasileiras, Heitor Villa-Lobos tenta uma síntese de dois mundos que sempre lhe foram fonte de inspiração: o da tradição orquestral alemã, representado por Bach, e o dos elementos musicais tipicamente brasileiros. Villa-Lobos iniciou a composição das nove suítes Bachianas Brasileiras em 1930, quando voltou ao Brasil depois de viver três anos em Paris. Os movimentos das Bachianas trazem, geralmente, dois títulos: um que remete às formas barrocas e outro, bem nacional, seresteiro, nordestino ou sertanejo. A Sétima foi escrita em 1942, para grande orquestra e um conjunto de instrumentos brasileiros de percussão, e dedicada ao político mineiro Gustavo Capanema, então ministro da Educação. São quatro movimentos. O "Prelúdio (Ponteio)" é melódico e sentimental, como se anunciasse uma seresta de violões. A "Giga (Quadrilha caipira)" evoca uma dança sertaneja, em fugato. A "Tocata (Desafio)" sugere um duelo de repentistas nordestinos, realizado entre um trombone e um trompete. Por fim, a "Fuga (Conversa)" é bastante livre e pouco escolástica, com um tema principal bem brasileiro.