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Obra de seus anos de juventude, a Serenata foi o primeiro sucesso de Richard Strauss fora de Munique, sua cidade natal. A composição chamou a atenção do grande maestro Hans von Bülow, que, depois, lhe ajudaria a conseguir um emprego como regente assistente em Meiningen, em 1885. Escrita em Mi bemol maior para treze instrumentos de sopro, a peça foi finalizada em 1881, quando Strauss tinha 17 anos e iniciava seus estudos na universidade. A escolha pelos sopros é possivelmente uma influência do pai, Franz Strauss, trompista reconhecido que, na época, liderava uma orquestra amadora chamada Wilde Gung'l. Com esse grupo, o jovem Richard pôde se aprofundar na linguagem orquestral, cujas possibilidades ele exploraria de maneira inovadora na década seguinte com seus poemas sinfônicos. A Serenata é, portanto, um ponto alto na obra straussiana antes da fase que o tornou conhecido em toda a Europa. Formulada como uma sonata, introduz um primeiro tema com o oboé, enquanto o clarinete abre um segundo tema, com um motivo curto que compõe o desenvolvimento crescente da peça até uma recapitulação das ideias iniciais no trecho final.