Concertos para a Juventude – Formas e Narrativas I

José Soares, regente
Marcus Julius Lander, clarinete

|    Concertos para a Juventude

VIVALDI
MOZART
HAYDN
BEETHOVEN
DVORÁK
Sinfonia nº 3 em Sol maior, RV 149
Concerto para clarinete em Lá maior, K. 622: 1º movimento
Sinfonia nº 88 em Sol maior: 4º movimento
Sinfonia nº 5 em dó menor, op. 67: 1º movimento
Sinfonia nº 9 em mi menor, op. 95, "Do Novo Mundo": 4º movimento

José Soares, regente

Natural de São Paulo, José Soares é Regente Associado da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde 2022, tendo sido seu Regente Assistente nas duas temporadas anteriores. Venceu o 19º Concurso Internacional de Regência de Tóquio (Tokyo International Music Competition for Conducting 2021), recebendo também o prêmio do público. Bacharel em Composição pela Universidade de São Paulo, iniciou-se na música com sua mãe, Ana Yara Campos. Estudou com o maestro Claudio Cruz e teve aulas com Paavo Järvi, Neëme Järvi, Kristjan Järvi e Leonid Grin. Foi orientado por Marin Alsop, Arvo Volmer, Giancarlo Guerrero e Alexander Libreich no Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão. Pelo Prêmio de Regência recebido no festival, atuou como regente assistente da Osesp na temporada 2018. José Soares foi aluno do Laboratório de Regência da Filarmônica e convidado pelo maestro Fabio Mechetti a reger um dos Concertos para a Juventude da temporada 2019. Em 2023, estreia como convidado da Osesp e de orquestras no Japão.

Marcus Julius Lander é Bacharel em Clarinete pela Unesp, na turma de Sérgio Burgani. Também foi aluno de Luis Afonso “Montanha” na USP e de Jonathan Cohler no Conservatório de Boston. Atuou como spalla na Banda Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo e chefe de naipe nas orquestras Jovem de Guarulhos, do Instituto Baccarelli e da Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo. Integrou ainda a Orquestra Acadêmica da Cidade de São Paulo e o Quarteto Paulista de Clarinetas. Nos últimos anos, Marcus Julius foi artista residente em festivais e congressos na China, Peru e Tailândia. Também atuou como jurado e professor em competições de clarinete nacionais e internacionais. Desde 2009, é Clarinete Principal na Filarmônica.

Programa de Concerto

Sinfonia nº 3 em Sol maior, RV 149 | VIVALDI

Em 21 de março de 1740, a escola veneziana Ospedale della Pietà organizou um luxuoso concerto em homenagem ao príncipe Frederico Cristiano, filho do Eleitor da Saxônia e Rei da Polônia. Quatro obras instrumentais de Antonio Vivaldi foram apresentadas na ocasião. Vivaldi dirigiu a execução de três concertos, RV 540, 552 e 558, e uma sinfonia, a RV 149. Cópias de todas as partituras foram encadernadas com uma dedicatória e entregues ao príncipe como um presente. Apropriada a uma ocasião festiva, a Sinfonia nº 3 em Sol maior, RV 149 é chamada de “o coro das musas” por ter sido apresentada antes de uma cantata de mesmo título do compositor napolitano Gennaro D’Alessandro, maestro di capella de Pietá.

Embora os muitos esboços da Quinta Sinfonia datem já do início de 1804, Beethoven trabalhou assiduamente na obra apenas em 1807 e terminou a composição no início de 1808. Foi executada, pela primeira vez, no dia 22 de dezembro de 1808, no Theater an der Wien, por um grupo de músicos recrutados para a ocasião, sob a regência do próprio Beethoven. Nesse célebre concerto em que foram estreadas várias obras importantes e longas, Beethoven ainda sentou-se ao piano para uma série de improvisações.

Em 1891, já célebre, Dvorák assume o posto de professor de Composição no Conservatório de Praga. No ano seguinte, muda-se para os Estados Unidos para ser o diretor do então Conservatório de Nova York, onde permanece até 1895. São desse período obras significativas de seu legado, como a Sinfonia “Do Novo Mundo”. Dentre seus alunos em Nova York, havia um rapaz negro que lhe deu a conhecer os spiritual americanos, com a metáfora das imagens bíblicas, a tragédia e o sofrimento da escravidão na América e dos africanos desterrados. O interesse despertado em Dvorák por esse gênero musical é o fundamento do célebre tema do segundo movimento da Nona Sinfonia, cujo solo de corne inglês constitui evocação da melodia pungente que muitas vezes caracteriza os negro spiritual. Ele realiza também, com o elemento musical folclórico norte-americano, um processo de assimilação análogo ao que se observa em relação ao folclore boêmio no contexto de sua obra. Esse processo, aqui, é consciente, e manifesto pelo próprio compositor, que afirmou não ter utilizado temas da música nativa norte-americana, mas, sim, ter-se utilizado dos fundamentos essenciais dessa música para elaborar seus próprios elementos originais. Não se pode dizer, com isso, que Dvorák tenha abandonado suas fontes boêmias em função da descoberta de uma nova linguagem. Ao contrário, esses novos elementos agregam-se, na Nona Sinfonia, àqueles que até então lhe haviam servido de fonte, para, aí, criar uma espécie de linguagem multicultural.

11 jun 2023
domingo, 11h00

Sala Minas Gerais, com transmissão ao vivo pelo YouTube
Ingressos

Ingressos disponíveis para a retirada a partir do dia 07/06/2023.

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