Filarmônica em Belém

José Soares, regente

|    Turnê Nacional

HAYDN
GOMES
TCHAIKOVSKY
Sinfonia nº 104 em Ré maior, Hob. I:104, "Londres"
O Escravo: Alvorada
A bela adormecida: Suíte, op. 66a

José Soares, regente

Natural de São Paulo, José Soares é Regente Associado da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde 2022, tendo sido seu Regente Assistente nas duas temporadas anteriores. Venceu o 19º Concurso Internacional de Regência de Tóquio (Tokyo International Music Competition for Conducting 2021), recebendo também o prêmio do público. Bacharel em Composição pela Universidade de São Paulo, iniciou-se na música com sua mãe, Ana Yara Campos. Estudou com o maestro Claudio Cruz e teve aulas com Paavo Järvi, Neëme Järvi, Kristjan Järvi e Leonid Grin. Foi orientado por Marin Alsop, Arvo Volmer, Giancarlo Guerrero e Alexander Libreich no Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão. Pelo Prêmio de Regência recebido no festival, atuou como regente assistente da Osesp na temporada 2018. José Soares foi aluno do Laboratório de Regência da Filarmônica e convidado pelo maestro Fabio Mechetti a reger um dos Concertos para a Juventude da temporada 2019. Em 2023, estreia como convidado da Osesp e de orquestras no Japão.

Programa de Concerto

Sinfonia nº 104 em Ré maior, Hob. I:104, "Londres" | HAYDN

Depois de três décadas servindo à poderosa família Esterházy, uma das mais ricas da nobreza húngara no final do século XVIII, Haydn se mudou para Londres a convite do violinista e realizador de concertos Johann Peter Salomon. Nas duas temporadas que passou em terras britânicas, escreveu suas últimas doze sinfonias, todas comissionadas por Salomon. Longe das demandas da corte e impulsionado pela grande fama que já havia conquistado, Haydn se sentiu mais à vontade para exercer sua liberdade criativa e experimentar novas ideias. As Sinfonias de Londres, como são chamadas, representam o ponto máximo de sua evolução como compositor sinfônico. São obras que crescem em complexidade e nas quais é possível perceber o esforço do artista em alcançar novos territórios. O entusiasmo de Haydn com a efervescência cultural londrina é notável em todo o conjunto, mas aparece especialmente na Sinfonia nº 104 – não é à toa que seu apelido é justamente “Londres”. A Centésima Quarta foi a última sinfonia completa escrita por Haydn e funciona como uma boa síntese dessa fase tão inspirada e feliz. A obra também ficou conhecida como “Salomon”, homenageando, assim, tanto a cidade como o benfeitor que a apresentou a Haydn.

André Rebouças, amigo de Carlos Gomes, escreveu que o compositor certa vez revelara: “se me dessem agora a escolher entre ir para o céu e ir para a Itália, eu preferiria ir para a Itália”. O entusiasmo de Carlos Gomes está diretamente relacionado à sua admiração incondicional por Verdi. Rebouças também conta que o amigo “apreciava principalmente o amanhecer na floresta; o coro irreproduzível de um milhar de pássaros tinha para ele o maior encanto”. Nessas palavras, Rebouças antevê a composição de "Alvorada", interlúdio orquestral da ópera O Escravo, escrita na mesma época em que Verdi estava completando a composição de Otello. Por falar nesse ícone da música italiana, geralmente tão comedido em julgar seus contemporâneos, ele havia profetizado, após ouvir O Guarani: “este jovem começa de onde eu termino!”.

A bela adormecida é um balé que não pode ser criticado; só pode ser redescoberto”, escreveu a crítica Arlene Croce na revista The New Yorker. Originalmente encomendada por Ivan Vsevolozhsky, diretor do Teatro Imperial de São Petersburgo, em 1886, tinha como proposta inicial que Piotr Ilitch Tchaikovsky escrevesse uma obra dedicada à figura mitológica de Ondina; porém, o autor não conseguiu avançar no trabalho e adiou a entrega do manuscrito. Vsevolozhsky entregou a Tchaikovsky um folheto contendo o famoso conto de fadas La Belle au bois dormant, que despertou o imediato interesse do compositor. Influenciado pelas severas críticas recebidas em 1877 por sua criação anterior, O lago dos cisnes, e pela existência de uma primeira versão de Ondina, destruída pelo compositor, o mestre do romantismo russo buscava evitar os problemas enfrentados no passado. Para isso, manteve-se aberto a possíveis modificações e trabalhou em colaboração próxima com o coreógrafo Marius Petipa. Terminada às oito da noite de 26 de maio de 1889, A bela adormecida foi estreada em 15 de janeiro de 1890, obtendo críticas positivas do público e até um “muito bom” – ainda que seco – do Czar Alexander III. A obra é não somente a mais consistente dos três balés de Tchaikovsky, como também aquela que mais perfeitamente define a essência do balé clássico. Como delineou Arlene Croce, “A verdadeira magia de A bela adormecida, até mesmo para dançarinos, é criada pela partitura de Tchaikovsky. A partitura é o balé”.

31 out 2023
terça-feira, 20h00

Theatro da Paz – Belém
Ingressos

Os ingressos são gratuitos e a distribuição começa no dia 31/10, às 9h.

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