Schmidt, Haydn e Rachmaninov

José Soares, regente
Hayoung Choi, violoncelo

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SCHMIDT
HAYDN
RACHMANINOV
Notre Dame, op. 2: Intermezzo
Concerto para violoncelo em Dó maior, Hob. VIIb:1
Sinfonia nº 1 em ré menor, op. 13

José Soares, regente

Natural de São Paulo, José Soares é Regente Associado da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde 2022, tendo sido seu Regente Assistente nas duas temporadas anteriores. Venceu o 19º Concurso Internacional de Regência de Tóquio (Tokyo International Music Competition for Conducting 2021), recebendo também o prêmio do público. Bacharel em Composição pela Universidade de São Paulo, iniciou-se na música com sua mãe, Ana Yara Campos. Estudou com o maestro Claudio Cruz e teve aulas com Paavo Järvi, Neëme Järvi, Kristjan Järvi e Leonid Grin. Foi orientado por Marin Alsop, Arvo Volmer, Giancarlo Guerrero e Alexander Libreich no Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão. Pelo Prêmio de Regência recebido no festival, atuou como regente assistente da Osesp na temporada 2018. José Soares foi aluno do Laboratório de Regência da Filarmônica e convidado pelo maestro Fabio Mechetti a reger um dos Concertos para a Juventude da temporada 2019. Em 2023, estreia como convidado da Osesp e de orquestras no Japão.

Nascida em Bielefeld, Alemanha, Hayoung Choi conquistou o prêmio principal do Concurso Rainha Elisabeth de Violoncelo em 2022, aos 24 anos. Possui mestrado em Música pela Universidade de Artes de Berlim e estudou também na Universidade Nacional Coreana de Artes Myung-Wha Chung e Hyongwon Chang; na Purcell School for Young Musicians, na Inglaterra, com Alexander Boyarsky; e depois na Kronberg Academy, onde foi aluna de Frans Helmerson e Wolfgang Emanuel Schmidt. Apresentou-se como solista com a Kremerata Baltica, a Camerata Salzburg e as filarmônicas de Cracóvia, Olsztyn e Suwon. Além do Rainha Elisabeth, Choi venceu também outros concursos internacionais na Polônia, Áustria, Croácia e Alemanha.

Programa de Concerto

Notre Dame, op. 2: Intermezzo | SCHMIDT

A ópera Notre Dame foi finalizada em 1904 e é baseada no famoso romance de Victor Hugo. Porém, enquanto os escritos do francês focam na Paris do século XIX e na figura de Quasimodo, a ópera de Schmidt dá atenção especial ao enredo de Esmeralda e ao fascínio que ela provoca em quatro personagens masculinos da trama. Na história, as vidas desses homens são transformadas e depois destruídas por causa da paixão obstinada pela moça, que vive um conflito por não se entender nem como menina, nem como mulher. Em 1914, ano de sua estreia, Notre Dame foi apresentada 15 vezes na Ópera da Corte de Viena. Ainda que não tenha conseguido manter esse nível de sucesso nos anos posteriores, tornou-se uma das obras mais conhecidas de Schmidt e alguns trechos, especialmente o “Intermezzo”, são executados com alguma frequência no repertório orquestral. O “Intermezzo” é também um exemplo nítido da influência da descendência húngara de Franz Schmidt em sua música, e foi chamada pelo compositor Karl Goldmark de “a mais bela das músicas ciganas”.

Haydn serviu por quarenta anos como músico da poderosa família Esterházy, combinando as funções de regente e compositor. Dispunha de uma excelente orquestra, permanentemente disponível para a imediata execução de suas obras. Na corte de Esterházy, havia solistas brilhantes, como os violoncelistas Anton Kraft e Joseph Weigl, para quem o compositor escreveu vários concertos. Algumas dessas partituras, pelo caráter utilitário e imediatista de sua gênese, permaneceram apenas esboçadas; outras foram destruídas no incêndio da Casa de Ópera de Eszterháza (1779), e muitas se extraviaram. Alguns manuscritos só recentemente foram descobertos, como é o caso do Concerto para violoncelo em Dó maior, cujo tema principal do primeiro movimento fora anotado pelo próprio Haydn no catálogo de suas obras, datado de 1765. A partitura foi reconstituída a partir das partes orquestrais encontradas por um zeloso bibliotecário de Praga, em 1961. Desde então, por suas inegáveis qualidades, o Concerto se impôs imediatamente ao repertório.

Em janeiro de 1895, Rachmaninov começou a composição de sua Primeira Sinfonia. A criação foi árdua e a partitura ficou pronta apenas no dia 2 de setembro. A estreia, em São Petersburgo, em 28 de março de 1897, sob a regência de Aleksandr Glazunov, foi um desastre completo. Segundo o compositor, Glazunov não compreendeu a linguagem da sinfonia, deu-lhe pouco tempo de ensaio e regeu a orquestra bêbado. A repercussão do infortúnio surtiu um efeito catastrófico na vida do jovem Rachmaninov, que parou de compor e só retomou os trabalhos após um longo tratamento psiquiátrico. Ele desistiu da publicação da sinfonia e deixou a partitura em Moscou, em 1917, quando deixou a Rússia. A obra nunca mais foi apresentada enquanto ele viveu. Após sua morte, as partes orquestrais, alteradas por Glazunov, foram descobertas no Arquivo Belyayev da Biblioteca do Conservatório de Leningrado (agora São Petersburgo) e a partitura pôde ser reconstruída. A segunda execução da peça se deu no Conservatório de Moscou em 17 de outubro de 1945, sob a regência de Aleksandr Gauk. Em 1977, foi publicada na União Soviética uma edição crítica que, baseando-se em uma versão para dois pianos do fim do século XIX, restaura a Sinfonia nº 1 ao seu estado original – antes das modificações de Glazunov. Esta tem sido a base para as execuções desde então.

5 out 2023
quinta-feira, 20h30

Sala Minas Gerais

6 out 2023
sexta-feira, 20h30

Sala Minas Gerais
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