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A Sinfonia Italiana nasceu em uma viagem de três anos que Mendelssohn empreendeu pela Europa com patrocínio do pai, um rico banqueiro de Berlim. Ao visitar a Itália, o jovem de apenas vinte anos de idade se encantou com as obras de arte, a beleza natural, o clima ensolarado e a energia contagiante dos italianos, e logo começou a esboçar uma nova sinfonia. Nos primeiros meses de 1831, Mendelssohn faz menção, em várias cartas, à sinfonia que estava compondo e que desejava que fosse uma obra alegre. Mas ele sentia que só conseguiria terminá-la após visitar Nápoles, cidade onde seria capaz de absorver, por completo, o espírito italiano. Ao que tudo indica, ele não conseguiu terminá-la durante a viagem: em uma carta enviada de Paris à irmã, com data de 21 de janeiro de 1832, Mendelssohn deixa claro haver abandonado a composição da Quarta Sinfonia para terminar outra partitura. Constantemente insatisfeito com a obra, Mendelssohn fez correções até bem próximo da estreia, em 13 de abril de 1833, com a Sociedade Filarmônica de Londres, sob sua direção. Embora a Sinfonia Italiana tenha sido recebida com grande entusiasmo, Mendelssohn a tirou de circulação alguns anos mais tarde para novas revisões, que nunca foram finalizadas. A obra só foi editada após a sua morte.